Esclerose Múltipla: entenda a doença
Em primeiro lugar, é preciso entender que a esclerose múltipla (EM) se trata de uma doença neurológica desmielinizante autoimune crônica, provocada por mecanismos inflamatórios e degenerativos que comprometem a bainha de mielina – uma capa de tecido adiposo que protege nossas células nervosas, estas células fazem parte do sistema nervoso central.
Alguns locais no sistema nervoso podem ser o alvo da doença, como o cérebro, o tronco cerebral, os nervos ópticos e a medula espinhal. Nos portadores de EM, as células imunológicas passam a agredir o indivíduo, produzindo inflamações. Com isso, as funções coordenadas pelo cérebro, cerebelo, tronco encefálico e medula espinhal ficam comprometidas.
A doença atinge geralmente entre pessoas jovens em média entre 20 e 40 anos de idade, predominando entre as mulheres.
Já as causas envolvem predisposição genética e combinação com fatores ambientais, como por exemplo:
- Infecções virais;
- Exposição ao sol e consequente níveis baixos de vitamina D, de forma prolongada;
- Exposição ao tabagismo;
- Obesidade.
Sinais e sintomas
Para que você entenda, os sintomas típicos da doença compreendem de alterações na visão, na sensibilidade do corpo, no equilíbrio no controle esfincteriano até na força muscular dos membros. Os mais comuns são:
- Fadiga;
- Dormências ou formigamentos;
- Visão borrada, mancha escura no centro da visão de um olho, embaçamento, visão dupla ou perda visual;
- Perda da força muscular, dificuldade para andar, espasmos e rigidez muscular;
- Falta de coordenação dos movimentos ou para andar, tonturas e desequilíbrios;
- Dificuldade de controle da bexiga ou intestino;
- Problemas de memória e de atenção;
- Alterações de humor, depressão e ansiedade.
Você conhece as formas clínicas da esclerose múltipla?
Remitente-recorrente (EMRR)
A primeira forma de esclerose múltipla é conhecida como surto-remissão ou remitente-recorrente (EMRR), que engloba cerca de 85% dos casos. Ela é caracterizada pela ocorrência dos surtos e melhora após o tratamento (ou espontaneamente).
Geralmente ocorre nos primeiros anos da doença com recuperação completa e sem sequelas. Os surtos duram dias ou semanas e, em média, os surtos se repetem uma vez por ano (caso não haja o tratamento adequado).
Secundária progressiva (EMSP)
Em um prazo aproximadamente de 10 anos, metade desses pacientes pode evoluir para a segunda forma da doença, a chamada como secundariamente progressiva (EMSP).
Nesta etapa os pacientes não se recuperam mais plenamente dos surtos e acumulam sequelas. Eles têm, por exemplo, uma perda visual definitiva ou maior dificuldade para andar, o que pode levar à necessidade de auxílio para mobilidade ou locomoção.
Primária progressiva (EMPP)
Nos 10% dos casos restantes ocorre a chamada forma primária progressiva (EMPP), quando ocorre gradativa piora surtos.
Como obter o diagnóstico?
Para o diagnóstico da esclerose múltipla são utilizados vários aspectos clínicos e de imagem, associado a analise do líquor com a pesquisa de marcadores específicos. A Ressonância Magnética de crânio e coluna (medula espinhal) é a principal ferramenta para o diagnóstico das doenças desmielinizantes do sistema nervoso central.
Alguns cuidados devem ser tomados antes de realizar a ressonância magnética, afinal, este exame não é indicado para pacientes que tenham:
- Marca-passo;
- Clipe de aneurisma;
- Prótese coclear metálica, implantes odontológicos e aparelhos auditivos não removíveis;
- Projétil de arma de fogo;
- Tatuagem e maquiagem definitiva realizada com menos de 45 dias.
É recomendado retirar objetos metálicos, como, por exemplo, brincos, relógios, cintos e colares. Evite também usar maquiagem, óleos corporais, hidratantes e/ou esmaltes.
O único preparo específico inclui apenas jejum, no caso de anestesia e uso de contraste em exames de abdômen e pelve.
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